O que esperar desse mundo tão desequilibrado? Que futuro está reservado para as novas gerações?
Essas são perguntas que teimam em pairar, com uma certa constância, em nossas mentes de pais e mães. Elas são reforçadas a cada notícia que lemos nos jornais e revistas e quando assistimos aos telejornais. A violência está disseminada como nunca. O pior é que ela se apresenta da forma mais desumana, que é quando as crianças são envolvidas.
Quando pequeno, a minha avó Celina me dizia frases assim:
- Meu filho, você ainda vai ver esse mundo perdido em miséria e fome.
- A violência vai tomar conta do mundo.
- Os filhos vão desrespeitar seus pais o tempo todo.
- Elder, tudo vai acontecer cada vez mais cedo. Você vai ver menina ficar mulher muito nova. Vai ver crescer barba no rosto de meninos...
E tantas outras 'revelações' que ela disse-me. A grande maioria delas eu só ouvia, mas não entendia nada, algumas eu imaginava como seria sem crer no resultado final e umas poucas eu entendia, mas não gostava.
Toda vez que eu me detinha a pensar, hábito que tenho até hoje, desgostava e muito do meu futuro. O tempo passou e vi que a minha avó tinha toda a razão. Quanta coisa mudou, pena que para pior, como ela predizia.
Tentei ser um pai decente para os meus primeiros dois filhos, mas a separação deles foi inevitável. Daí passei a ter poucos momentos de pai. Surgiu uma filha de coração, que amo muito, mas que também não me detive a dar-lhe a minha presença.
Em função disso, quero fazer diferente desta vez. Quero estar presente em cada etapa da vida da pequena Maria Eduarda, o novo amor da minha vida. Que desta vez eu faça direito o papel de ser PAI.
P...eço ao SENHOR
A...lgo que preencha minha mente e
I...nunde o meu coração: A MINHA FILHINHA.